27.12.17

Ela tem milhões de galáxias


Ela tem uma aura tão cativante que poderia iluminar constelações em infinitas galáxias.

Até o sol tem inveja da explosão que é o sorriso dela a anos-luz de distância. Cega e é colírio para os  olhos ao mesmo tempo. Essa sinergia com a natureza não é presente dado a qualquer um - e eu tenho certeza que ela sabe quão arrebatador pode ser a força que vem de dentro dela. Existe uma luz tão intensa quanto honesta, que afeta todo o universo ao redor e que parece querer funcionar em torno de um só objetivo: não deixar que tal claridade se apague jamais.

Estar perto dela é ter a serenidade de estar num céu de vaga-lumes, sentir o cheio de casa do campo molhado pela chuva, o conforto e o alívio de não saber o caminho e confiar na direção dada pelas estrelas. Ela transpassa o azul até nos dias mais cinzas, ela emana claridade até quando precipita. E que nenhuma nuvem ouse encobrir seu arco-íris tão sinestésico. Cores, cheiros e gostos presentes nas palavras soltas, entre risos e filosofias bobas.

Anéis orbitam seus planetas em movimento de dança e ela acompanha o balanço como quem já conhece toda a coreografia, de trás pra frente.

Ela é meteorito em rota de colisão com a terra
e a calmaria de uma explosão no vácuo
Pobres mortais, os da terra, que jamais poderia entender
o extasiante estrondo que pulsa nas suas veias e abala toda via-láctea
a delícia que ela sente de ser eclipse solar ao meio-dia,
que só vê quem não tem medo de encarar o brilho.

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